A Cidade dos Deuses Selvagens - Isabel Allende Capa mole

PP Frloresta fascinate...

(Classificação 5 de 5)

Depois dos sucessos obtidos com “A casa dos Espíritos “ e “Paula”, Isabel Allende presenteia-nos com o extraordinário livro “A Cidade dos Deuses Selvagens”. Os problemas, obstáculos, e modos de pensar e agir, vulgares durante a adolescência, e outros absolutamente excêntricos, estão presentes na história.
Aliando a realidade à ficção, a autora narra a história de Alexander (Alex), um adolescente, que vive nos Estados Unidos, e que tem uma vida perfeitamente normal, até que a mãe adoece e ele tem de ir viver com a avó (Kate), uma escritora conhecida internacionalmente, que viaja por todas as partes do mundo. É com ela que Alex parte para a floresta amazónica, onde conhece Nadia, e onde se desenvolvem as peripécias da narrativa.
Neste livro, Isabel Allende explora, de uma forma acessível ao público adolescente, padrões de cultura, crenças e cerimónias dos nativos da amazónia, tais como: os rituais de transição dos rapazes, da infância para a idade adulta, o isolamento dos brancos, a hipótese da poligamia, as cerimónias funerárias, o costume dos homens fumarem para entrarem em transe e poderem estabelecer contacto com os espíritos, as hierarquias entre as tribos, entre outros.

O livro ainda alerta para a desflorestação da Amazónia e para o assassínio de Índios, com vista ao enriquecimento. Deste modo, a autora pretende sensibilizar, principalmente os jovens, e incentivá-los a oporem-se a estes problemas.
Está, também, muito presente o misticismo, quanto aos deuses e ao local onde eles vivem, bem como em relação a Nadia e Alexander, devido às suas ligações com os animais totémicos.
A narração apresenta um discurso fluido, apesar da utilização de algum vocabulário rebuscado.
“A Cidade dos Deuses Selvagens” oferece uma história que despertou, desde o início, a minha atenção. (A Cidade dos Deuses Selvagens)