Descrição da editora
Este livro, testemunho dignificante de um grande líder espiritual e temporal, forçado ao exílio pela China comunista, é um dos mais dolorosos documentos até hoje publicados. O Dalai-Lama relata a história de seu breve e tumultuoso reinado, levada ao seu clímax pela aterradora humilhação e o sistemático assassínio de seu povo pelos comunistas.
Homem civilizado e compassivo, e reformador sincero, ele escreve sobre a vida simples tibetana em cujo seio nasceu, e sobre o povo devoto dentre o qual ele, como a reencarnação de seu predecessor, foi descoberto e proclamado Dalai-Lama, de acordo com o milenar costume de sua terra.
Nascido em 1935, tinha dois anos de idade quando monges budistas, disfarçados como simples viajantes, o reconheceram por meio de certos testes, os quais indicavam ser ele realmente o Dalai-Lama. A despeito das complicações, os lamas conseguiram levar seu líder infante para Lhasa quando ele tinha quatro anos de idade. Lá, passou uma infância sem igual, governando com a ajuda de um regente e conduzindo-se a si próprio com extraordinário decoro para uma criança de sua idade.
Em 1950, quando tinha apenas dezesseis anos, viu-se subitamente na contingência de dirigir seu país, ameaçado pelo poderio da China.
O tibetano, povo completamente desmilitarizado, nada pode fazer senão render-se. O Dalai-Lama, como sacerdote budista e seguidor das idéias do Mahatma Gandhi, estava convencido de que era ao mesmo tempo impraticável e contra a ética tentar rebater a violência com a violência.
Durante nove anos esforçou-se para preservar algum grau de independência para sua terra. Mas as requisições de comida e alojamento por parte dos comunistas trouxeram uma crise sem precedentes para o Tibete, e as tentativas para impor as reformas agrárias comunistas criaram um arrebatado ressentimento.
Não obstante os conselhos do Dalai-Lama, seu povo formou bandos de guerrilheiros nas altas montanhas e lutou desesperadamente. Quando os agressores apareceram para ameaçar o Dalai-Lama em pessoa, a reação popular foi tão grande que ele receou um massacre.
Por causa de seu povo, deixou ele seu palácio durante a noite e andou três semanas através da Cordilheira do Himalaia, em direção à Índia. Antes de os chineses tomarem conhecimento de sua fuga, o palácio foi bombardeado, juntamente com milhares de fiéis tibetanos agrupados em torno do prédio na intenção de proteger seu líder.
O Dalai-Lama apelou para a ONU, e a Comissão Internacional de Juristas procedeu a detalhado estudo da situação; o que descobriu ultrapassou os limites do tolerável.
Minha Terra e Meu Povo é um livro trágico; a derrota do Tibete se apresenta, assim, como uma severa advertência para todo o mundo. Mas, o livro mostra-se, apesar de tudo, profundamente comovedor, pois toda esta sombria história é contada sob inspiração de um meigo espírito de perdão revelado por um monge budista
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